Elias e a Viúva


Este artigo não é exatamente original para mim. Mas, neste caso, é realmente algo que ouvi quando um amigo meu estava falando para uma igreja; Eu senti que a mensagem era tão pertinente para o tempo atual que deveria ser registrada. Portanto, fui inspirado a escrever alguns artigos sobre a vida de Elias, começando com este e, talvez, com um ou dois seguintes. Na vida desse profeta, vemos com mais clareza do que qualquer outro o resultado dessas duas mensagens mais preciosas para o nosso tempo: a vitória sobre o pecado e a questão da apostasia da marca registrada.

Em 1 Reis, capítulos 17 e 18, nós temos a história de um homem chamado Elias, que recebeu uma mensagem especial para um rei chamado Acabe. Esse governante havia caído em grosseira e aberta idolatria, e é dito dele “Também Acabe fez um ídolo; de modo que Acabe fez muito mais para irritar ao SENHOR Deus de Israel, do que todos os reis de Israel que foram antes dele. Realmente, uma acusação pesada.

Como punição, e na tentativa de voltar o coração do rei ao Pai, Elias orou para que nenhuma chuva caísse no solo do reino até o tempo em que uma segunda oração a liberaria. Isso foi concedido, de acordo com a vontade do Senhor, e resultou numa seca. Sabendo que a ira do governante perverso não recairia sobre Deus (que havia sido o único a reter a chuva com o objetivo de levar ao arrependimento), mas sobre o mensageiro, Yah ordenou que Seu profeta deixasse as áreas habitadas e vivesse por um tempo no deserto. Isso fez ele, e teve provisão em abundância, enquanto o resto da terra sofria sob as consequências dos pecados do rei.

Quando chegou a hora, Elias recebeu ordem de deixar seu lugar de segurança e retornar ao povo do reino. Primeiro, no entanto, ele deveria receber um período de treinamento para prepará-lo para os perigos que estavam à sua frente. Chegando das suas peregrinações ao local da morada de uma mulher que morava sozinha com seu filho, ele se aproximou dela e disse: “Então ele se levantou, e foi a Sarepta; e, chegando à porta da cidade, eis que estava ali uma mulher viúva apanhando lenha; e ele a chamou, e lhe disse: Traze-me, peço-te, num vaso um pouco de água que beba. E, indo ela a trazê-la, ele a chamou e lhe disse: Traze-me agora também um bocado de pão na tua mão.” (1 Reis 17:10-11)

A viúva, em sua resposta ao pedido de Elias, mostrou que ela estava prestes a desistir da vida. Ela declarou que eles tinham apenas comida suficiente para talvez outra pequena refeição antes que a morte os alcançasse. Tanto a terra tinha sofrido pelos grandes pecados de Acabe que, em muitos lugares, o povo de Yah estava morrendo de fome e caindo em um desespero fatal. Mas Elias disse à mulher para não temer, fazer comida para ela e para o seu filho, mas PRIMEIRO fazer provisões para ele, porque o suprimento não acabaria, embora parecesse pouco.

Que teste foi esse para a viúva! Ela já estava lamentando pelo pouco que tinha, e agora ela tinha que providenciar primeiro para esse peregrino desconhecido? Ela tinha que prover as necessidades desse homem estranho antes das do seu próprio filho? No entanto, ela viu em Elias a presença do Espírito Santo, e percebeu que a Autoridade do Pai repousava sobre ele. Mais importante, porém, ela confiou nele, e na fé que ele tinha nas provisões do seu Provedor todo amoroso, e ela fez o que ele disse.

E por causa da sua fé, “Da panela a farinha não se acabou, e da botija o azeite não faltou; conforme a palavra do SENHOR, que ele falara pelo ministério de Elias.” (1 Reis 17:16) Essa história já tem um GRANDE significado para os crentes hoje, mas o próximo evento que ocorrerá tornará a lição ainda mais clara, e por isso vou falar disso também antes de voltar a olhar para os princípios envolvidos aqui.

O verso 17 do capítulo 18 de 1 Reis diz que depois de algum tempo vivendo sob essa provisão miraculosa por Yah, o vilho da viúva ficou gravemente doente, e morreu. Embora eles estivessem testemunhando diariamente as bênçãos proporcionadas pelo suprimento inesgotável de grãos e óleo para alimento, a viúva rapidamente atribuiu a culpa ao mensageiro do Senhor, dizendo a Elias: “Então ela disse a Elias: Que tenho eu contigo, homem de Deus? vieste tu a mim para trazeres à memória a minha iniqüidade, e matares a meu filho? (1 Reis 17:18) Esse foi o propósito pelo qual o retorno de Elias para confrontar Acabe foi prolongado.

Não era apenas o rei perverso que considerava Elias um inimigo, mas também sua rainha pagã Jezabel, cuja adoração ao demônio que se chamava Baal rapidamente levou o próprio Acabe a essa terrível idolatria. Sob a influência de sua esposa, o monarca vacilante havia erguido altares para o falso deus e dedicado bosques para sua adoração. Além disso, Jezabel havia se empenhado pessoalmente em garantir que Baal fosse o único deus do reino e ordenado a morte de todos os profetas de Yah.

Contra esse grande perigo, Elias precisaria ser cuidadosamente preparado e, como a Sua melhor maneira de lidar com problemas em potencial, Yah colocou seu servo em uma situação em que quaisquer falhas de caráter que seriam uma restrição à segurança e ao exemplo a ser dado pelo indivíduo se revelariam. Com certeza, Elias revelou um pequeno defeito quando orou, “E clamou ao SENHOR, e disse: O SENHOR meu Deus, também até a esta viúva, com quem me hospedo, afligiste, matando-lhe o filho? (1 Reis 17:20)

Sim, mesmo Elias, que acabou conhecendo o Pai com tanta clareza que nem precisou provar a morte, mas foi levado diretamente para o Céu - mesmo Ele ainda não tinha entendido plenamente a natureza de Yah. Na verdade, teria Ele preservado suas vidas por tanto tempo para matar arbitrariamente o único filho da mulher? No livro de Jó, temos uma explicação clara o suficiente de por que "coisas ruins acontecem a pessoas boas", e esse profeta precisaria aprender isso também, antes de ser considerado "perfeito".

Mas aqui é mostrado algo significativo também - entender mal não é pecar. Não saber não é fatal, se o caráter é verdadeiro e o motivo é sincero. Pois, de fato, um dos maiores milagres já realizados por Yah através do instrumento humano foi trazido à tona. Levando o corpo do menino para o quarto superior, o servo do Altíssimo orou sinceramente para que o jovem fosse restaurado de volta à vida. Estendendo-se sobre o corpo sem vida três vezes, Elias orou com total e sincera confiança, e a criança foi restaurada à vida.

Ao descer à casa, Elias devolveu o filho à mãe, que ficou tão arrasada com o evento que não teve nem a presença de espírito de seguir o peregrino ao quarto lá em cima quando levou consigo o corpo do filho. Ela disse a ele, impressionada com reverência e alegria, “Então a mulher disse a Elias: Nisto conheço agora que tu és homem de Deus, e que a palavra do SENHOR na tua boca é verdade. (1 Reis 17:24) Parece que o suprimento diário da comida que nunca acabava não foi suficiente para convencê-la da autoridade divina que Elias passou a representar. Mas aqui vemos a infinita piedade e misericórdia de nosso Pai, inclinando-se às mais baixas profundezas da paciência para garantir que tenhamos evidências suficientes sobre as quais basear nossa fé. Ele terá um serviço inteligente, prestado a Ele por filhos fiéis apenas por amor - não por medo, tradição ou algo assim. Nosso Pai prefere que morramos do que nos tornar escravos dessas coisas terríveis.

Mas agora vou mostrar-lhes o paralelo aqui. Não vemos na viúva de luto os servos de Cristo que foram deixados para trás quando Ele ficou três dias morto na tumba? Cristo tinha estado com eles por três anos e meio, sendo o seu suprimento de bênçãos que nunca se esgotavam, e, no entanto, quando Ele morreu, eles foram lançados no desespero. Mais do que isso, Yahshua havia falado repetidamente sobre o Seu próximo auto sacrifício e tinha tentado prepará-los, à medida que eles permitissem ser preparados para a sua grande provação. Quão felizes eles ficaram quando seu amado Mestre lhes foi restaurado! Se Seu constante amor e sabedoria, se Seu caráter perfeito não fosse evidência suficiente de Sua divindade, eles ainda teriam a Sua ressurreição como a prova final e decisiva.

Observe também que foi dito: “Elias deve vir primeiro”. (Mateus 17:10, Marcos 9:11) Antes que Cristo viesse, uma “pessoa como Elias” viria para preparar Seu caminho. O espírito desse grande profeta foi visto refletido na missão do ardente e dinâmico João Batista. Como Cristo explicou, "Elias" realmente veio primeiro e endireitou o seu caminho. Mas essa não é a única aplicação desse ensino!

Você pode ver que a noiva de Cristo é uma viúva agora. Nestes dias de muito compromisso com o mundo ... os princípios do Céu são frequentemente deixados de fora das igrejas. Mensagens suaves, que apelam mais à emoção do que ao intelecto, aos sentimentos mais do que à fé. Em tudo isso, o Filho de Deus pode também estar verdadeiramente morto. Pelo tanto que muitas igrejas confiam em Seu verdadeiro poder, pelo pouco que compreendem o verdadeiro significado da palavra "cristão", muitas são realmente viúvas. Mas antes que Cristo retorne para reunir Seus filhos, mais uma vez nos é prometido um “povo como Elias” para preparar Seu caminho.

Essas pessoas, esses fiéis, serão remanescentes (semente) da mulher verdadeira e original (igreja) e “guardarão os mandamentos de Deus e terão o testemunho de Jesus Cristo”. (Apocalipse 12:17). Por esse testemunho, por essa revelação verdadeira e clara de Seu caráter em suas vidas, esses poucos leais restaurarão o Filho à viúva e declararão: “Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo.” (1 Cor. 15:57) Por afastar o pecado, por regozijar quando as provações nos revelam nossos defeitos de caráter, por aceitar o sangue expiatório do Redentor, nos tornamos o “Povo Elias” nesses últimos dias, preparando o caminho de nosso Senhor e acelerando Sua volta, para que tudo seja finalmente colocado em ordem, e a Criação possa descansar de seus gemidos.

O nome Elias (Eli-Yah como é pronunciado em Hebreu) vem da união de duas palavras muito importantes: Eloi (Senhor) e Yah (EU SOU, o nome dado a Moisés para chamar o Pai). A combinação portanto quer dizer “O Senhor é Yah”, ou “Yah é meu Deus”. O “EliYah-povo”, então, não terá outro Deus senão o Pai como revelado através do Filho. Eles terão a Letra e o Espírito dos princípios do Céu, e por isso, eles afastarão todas as dúvidas e defeitos de caráter, exatamente como o Elias original fez, e refletirão tão perfeitamente a natureza de Deus que eles declararão, como Cristo fez, “Quem me vê a mim vê o Pai” (João 14:9)

Eles demonstrarão tão claramente o amor de Cristo ao mundo que eles realmente devolveram o Filho ressuscitado à viúva entristecida, e haverá alegria para todo o sempre. “O que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo”. (1 João 1:3)

David.
Traduzido por Sis. Arlete

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